sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Identidade

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Com um final surpreendente, vadias não ganham segundas chances em filme que mostra toda a verdade daqueles com signo de Touro.

Mesmo que eu não atualize de cara dou sempre um jeito de já deixar um rascunho aqui com o nome de todos os filmes que vejo, para escrever sobre ele depois. Isso acaba gerando casos curiosos como o fato de eu não fazer a menor ideia de que filme seja esse (o nome genérico não ajuda), um minuto que o Google vai me ajudar.

Nossa, lembrei. Achei que era algo ruim mas... não é que foi divertido? Tudo começou com uma sinopse nada inovadora: dez estranhos ficam confinados em um motel por causa de um temporal que fechou todas as saídas e, um a um, vão sendo assassinados por alguém desconhecido. Amo? Se você é do tipo que não se sente atraído por filme desse jeito não seremos bons amigos. Afinal não importa o quão trash seja o filme, basta por esse clima de reality-show sangrento que dá pra aguentar. 

 Por onde anda essa atriz flopadissima hoje em dia gente?

Como podem notar já fui assistir sem esperar muita seriedade, quando para a minha surpresa descobri que ele oferece algo mais. Antes de tudo chega a ser meio nostalgico como ele remete as delicias toscas dos anos 90: o casal problematico, o policial machão, a loira sonsa, a perua chata e o clima de "quem matou?" estão todos lá. Aí vem a reviravolta que fica por conta de acontecimentos que mostram que as coisas são mais estranhas e sinistras do que a gente pensa, e a resposta no desfecho, que você não. vai. conseguir. adivinhar. 

Fica a dica em prestar atenção na evolução das mortes e combinar um drink-game básico com uma dose a cada morto, boa sorte.
Identidade Título original: Identity
Duração: 87 minutos (1 hora e 27 minutos) Gênero: Suspense Direção: James Mangold Ano: 2003 País de origem: EUA
Sinopse: Dez estranhos com um segredo acabam reunidos devido a uma tempestade violenta: um motorista de limusine (John Cusack), uma estrela da década de 80 (Rebecca DeMornay), um tira (Ray Liotta) encarregado da escolta de um assassino (Jake Busey), uma garota de programa (Amanda Peet), um casal de recém-casados (Clea DuVall e William Lee Scott) e uma família em crise (John C. McGinley, Leila Kenzle, Bret Loehr), todos abrigados num motel desolado, administrado por um gerente noturno nervoso (John Hawkes). O alívio por terem encontrado um abrigo logo é substituído pelo medo, quando os dez viajantes começam a morrer, um após outro. Logo eles percebem que, se desejam sobreviver, terão de descobrir o segredo que os reuniu naquele local.

O Último Trem

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Personagem ridículo de Bradley Cooper tem final digno que merece após fazer você quase morrer de tédio.

Apesar da cafonice do termo, O Ultimo Trem (em portugal tem o maravilhoso título de CARNIFICINA NO TREM DA MEIA NOITE) é um filme agridoce. Resolvi ver por acaso apenas com a inforamação de que era um filme de terror e a única sensação que tive nos primeiros momentos foi raiva. O protagonista é um fotógrafo que certo dia, enquanto procurava cenas para uma exposição sobre o submundo dos trilhos acaba achando que presenciou algo meio bizarro e violento: um assassinato. É o necessário para que ele se torne obcecado pelo suposto assassino, seguindo ele em todos os lugares e tentando provar a todos que está certo no que viu.

Até esse momento eu estava achando o filme bem bocó, do tipo que me faria ficar conversando com a pessoa ao lado caso eu estivesse no cinema e quando ele acabasse eu sairia sem saber se conversei porque o filme foi ruim ou se o filme foi ruim porque não prestei atenção conversando.

A partir de certo ponto eu continuava vendo apenas por me perguntar o que um ator tão famoso como Bradey Cooper estava fazendo num filme daqueles. "Aff não é possível que não vá acontecer algo." E é aí que as coisas mudam. O vilão do filme, um açougueiro sinistro sempre com a mesma poker face em todas as cenas e sem nunca falar uma palavra, mostra finalmente a que veio. Se você tem medo de metrôs pela noite talvez se despespere bastante ao descobrir o que acontece nos vagões. E quando você acha que tudo acabou, um final surpresa mostra que ainda se fazem filmes de >>TERROR<< como antigamente. QUE DELÍCIA DE FINAL, QUE DELÍCIA.

 MIM DEISHAAAA QUE HJ EU TO D BOBERA
O Último Trem (The Midnight Meat Train)
Baseado num conto de Cliver Barker
Diretor: Ryuhei Kitamura
Elenco: Bradley Cooper, Vinnie Jones, Brooke Shields, Leslie Bibb, Roger Bart, Tony Curran, Peter Jacobson.
Produção: Clive Barker, Gary Lucchesi, Eric Reid, Tom Rosenberg, Jorge Saralegui, Richard Wright
Ano: 2008 País: EUA Gênero: Terror Estúdio: Lakeshore Entertainment / Lionsgate Films
Sinopse: Quando seu último trabalho – um provocativo estudo da noite na cidade e seus habitantes – consegue atrair fortemente a atenção de um promissora galerista, ela propõe ao fotógrafo Leon Kaufman (Bradley Cooper) que faça um projeto envolvendo o lado negro da humanidade em sua primeira exposição. Acreditando ter atingido o sucesso, a obsessão de Leon acaba conduzindo-o ao encontro de um assassino, Mahogany, conhecido por seus crimes carniceiros e extremamente violentos nas viagens noturnas do metrô. Mesmo com a preocupação de sua namorada Maya, Leon não consegue se deixar fascinar pela arte de Mahogany, sendo conduzido dos túneis do Metrô até o abismo da maldade pura – e ainda levando consigo sua namorada.

Amizade Colorida

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Friends With Benefits é meio gente do facebook: quer ser cult e descolado e até consegue, mas você fica com uma antipatia quase gratuita por saber que ele forçou tanto isso.

Amizade Colorida foi produzido e dirigido por Will Gluck, o mesmo de A Mentira (Easy A), fato esse que explica a mãe da protagonista (Patricia Clarkson) ser exatamente a mesma atriz que faz a mãe da Emma Stone (que também faz uma participação especial nesse - inclusive as melhores cenas, 1bjo) no outro filme. E adivinha? Também a mesma personagem: mãe moderninha e pra frente que constrange a filha. Mas se em Easy A ela garantiu bons momentos, aqui é a cara da inutilidade.

Enfim, Justin Timberlake e Mila Kunis fazem tudo direitinho, o filme é bom. O começo é bem ótimo mas o final é previsível e cliché. Ok, é uma comêdia romântica que quer dar uma lição, agradar as miguxas e não tinha como ir por outro caminho, mas bem que podiam ter tentado.
Friends with Benefits
Gênero – comédia romântica. Ano de lançamento - 2011 País de origem – EUA Distribuidora - Sony Pictures. Direção – Will Gluck
Elenco: Justin Timberlake ... Dylan - Mila Kunis ... Jamie - Patricia Clarkson ... Lorna - Jenna Elfman ... Annie - Bryan Greenberg ... Parker - Richard Jenkins ... Sr. Harper - Woody Harrelson ... Tommy - Nolan Gould ... Sam
Sinopse: Uma jovem recrutadora de Nova York convence um cliente em potencial a deixar seu emprego em São Francisco para trás e aceitar um emprego na Big Apple. Apesar de haver uma atração mútua, ambos percebem que tudo de que eles estão fugindo é de um relacionamento e decidem se tornar amigos... com benefícios. É o arranjo perfeito – até que eles percebem que não há nada melhor do que estar amarrado.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Resident Evil 4: Recomeço

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Queria muito ter ido ver esse filme nos cinemas. Sou fã desde o primeiro (sendo um dos poucos que ama todos mesmo sabendo que são toscos - talvez por isso mesmo eu ame), acompanhei todas as gravações, surtei quando anunciaram o Michael Scofield de Prison Break no elenco, prometi estar lá na estreia... quando fui ver já tinha saido de cartaz.

01 MÁGOA:

O pior de não ter visto nos cinemas é exatamente por ele não ter sido feito pra ver em casa. Tudo é sobre o 3D. A maioria das cenas você percebe como seria impactante estar com os objetos sendo atirados na sua cara e ver em casa fica uma sensação meio "ok, legal ela dando cambalhotas em camera lenta e esticando a mão, cadê a história?"

O principal problema da franquia Resident Evil é ter deixado de ser um filme de terror para ser um filme de ação com a Milla Jovovich no lugar do Stallone. Continua bom, mas poderia ser ótimo.

Por exemplo, os personagens não sentem medo, não fazem perguntas, não estranham nada ou sequer levam sustos. Imagina, surge um monstro musculoso enorme na sua frente jogando um martelo de toneladas na sua cabeça. O que você faz? Se tiver nos filmes de Resident Evil apenas desvia, mata ele e parte pra próxima sala. Ao inves de deixar as coisas mais sombrias, introduzir uma loira histérica e chorona, fazer quem tá assistindo pular da cadeira e não conseguir dormir de noite, Paul W.S. Anderson prefere fazer a mulher dele ficar correndo amargurada e pronto. (Acho que até quem não sabia já reparou que Milla é mulher do diretor e eles fazem o filme inteiro praticamente juntos em casa, sigam o twitter dela para spoilers).

Por outro lado, outro grande problema da série foi resolvido - de forma ridícula. Alice tinha mil clones, super poderes e imortalidade, então desde o final do segundo filme qualquer cena em que ela morria a gente lixava as unhas enquanto falava "pff, era só mais um clone, próxima cena a original vai surgir matando algum cachorro zumbi inteirissima". A solução? Usar os primeiros minutos do filme para destruir todos os clones, aplicar uma injeção na Alice original e dizer em seguida HAHA AGORA VOCÊ VOLTOU A SER MORTAL, SE FODE AÍ LOIRA. Tosco, mas a cara da tosquice de Resident Evil.

Para a quinta parte de RE - não, não vão parar enquanto estiver dando dinheiro - o cenário parece ser melhor, uma vez que deixou de ser um filme onde Alice encontra um grupo de desconhecidos que irão todos morrer para no próximo filme ela encontrar um novo grupo de desconhecidos que morrerão também. Já esta confirmada a presença de personagens de todos os quatro filmes anteriores, inclusive da deusa do universo Michelle Rodriguez, que morreu no primeiro (e melhor) e não faz o menor sentido sua volta. Mas quem se importa mesmo?
título original: Resident Evil: Afterlife
direção: Paul W.S. Anderson roteiro: Paul W.S. Anderson
elenco: Milla Jovovich, Ali Larter, Wentworth Miller, Sienna Guillory.
gênero:Terror duração:1 hr 37 min ano de lançamento: 2010 site oficial: http://www.residentevil-movie.com
estúdio: Constantin Film Produktion / Davis-Films / Impact Pictures distribuidora: Sony Pictures Entertainment / Columbia Pictures
sinopse: Em um mundo devastado pela infecção por um vírus que faz com que suas vítimas se tornem zumbis, Alice (Milla Jovovich) segue sua jornada em busca de sobreviventes. O confronto com a Umbrella Corporation atinge um novo nível, o que faz com que Alice receba a inesperada ajuda de um velho amigo. Los Angeles aparenta ser um local seguro para os não-infectados, mas ao chegarem à cidade eles descobrem que foram atraídos para uma armadilha mortal.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Bridesmaids

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Diretor: Paul Feig 
Elenco: Kristen Wiig, Terry Crews, Jessica St. Clair, Maya Rudolph, Tom Yi, Elaine Kao, Michael Hitchcock, Kali Hawk, Joe Nunez, Rebel Wilson Produção: Judd Apatow, Barry Mendel, Clayton Townsend Roteiro: Kristen Wiig, Annie Mumolo Duração: 125 min. Ano: 2011 País: EUA
Sinopse: Escolhida como dama de honra de sua melhor amiga, Annie vai fazer de tudo para dar a despedida de solteira mais cara e bizarra para seu grupo de amigas.
Ainda na viagem comentada no post do filme anterior, vimos também Bridesmaids, que ganhou no Brasil o título medonho de Missão Madrinha de Casamento, vergonha das ruins. Já o filme é vergonha das boas. Humor de constrangimento. Não tô falando de uma comédia romântica água com açucar pra você dar uns risinhos e chorar no final com algo fofo, tô falando de gritar de rir até passar mal mijar nas calças arrancar os cabelos e se jogar no chão rolando num ataque de epilepsia.


Alguns tem comparado a Se Beber Não Case, como se fosse uma versão feminina. Besteira, é mil vezes melhor. Vi duas vezes e já tô preparado pra rir na terceira.

O que mais posso acrescentar? HAHAHUAHAUAHAUHAUAHAUAHAHAHAHAHAUAHAUHAUAHAAAJHUAHAUAHA
AHAUAHAUOHSÇOFRUT834905UH85IOHJ4TOGIWSHG JHTBWTHWEUFAUIDFHASUIDHA

A Serbian Film - Terror Sem Limites

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Srpski Film, Sérvia, 2010
Direção: Srdjan Spasojevic Roteiro: Aleksandar Radivojevic e Srdjan Spasojevic
Elenco: Srdjan Todorovic, Sergej Trifunovic, Jelena Gavrilovic, Katarina Zutic, Slobodan Bestic, Ana Sakic, Lena Bogdanovic, Luka Mijatovic, Andjela Nenadovic Duração: 104 minutos Classificação: 18 anos
Sinopse: Miloš é um ator pornô aposentado, casado e com um filho. Para garantir a estabilidade financeira da sua família, aceita uma oferta apresentada por sua ex-colega de profissão Lejla para estrelar um "filme de arte". Vukmir, o diretor, quer Miloš no elenco para aproveitar sua capacidade de manter uma prolongada ereção sem estíulos físicos nem visuais.
Minha história assistindo o-filme-que-foi-censurado-no-Brasil-fazendo-com-que-todo-mundo-quisesse-ver-só-por-causa-disso é meio aleatória. Dias antes de viajar estava no msn com uma amiga minha que me mandou indignada um gif de cenas sangrentas de um tal de A Serbian Film me perguntando 'O QUE LEVA ALGUÉM A POSTAR ISSO NO TUMBLR ME DIZ?', 'kkk', respondi e deixei pra lá.

Até que uma outra amiga minha resolveu que a gente devia baixar uns filmes pra ver já que iriamos pro rancho e mais cedo ou mais tarde o tédio surgiria. Fui procurar os lançamentos e tinha uma notinha minima falando do mesmo filme, com um comunicado de um festival do Rio dizendo que os patrocinadores não deixaram exibir ele. 'Mas eu vou exibir no meio do mato, beijos' e me pus a baixar sem nem ler uma palavra sequer da sinopse.

Madrugada, todo mundo bêbado e com tédio após muita música alta resolvi que deveriamos ver. 'Sobre o que é esse filme?" 'Não sei, é um aí que foi censurado em vários países.' O filme ainda não era famoso e a polêmica em torno dele ainda não era a notícia do momento, então todo mundo, completamente alterado, se reuniu pra ver aquilo que estava por vir. A primeira parte do filme se resume a tédio e ansiedade, afinal alguma coisa tinha que acontecer alguma hora né. E aconteceu. E gritamos. Não que tenha sido assustador - oi? - mas é meio díficil umas dez pessoas ficarem caladas quando pula na sua frente um frame com o cara passando um facão no pinto tentando cortar ele pra ver se para de ficar duro. Spoiler, opa.

Aí tem o newborn porn - a cena. 'Ele não vai fazer issO QUEEEEEEEEEEEEEEE IETHJERWUTIH45O4URSEOIFGJDS'. E desse momento em diante o filme fica meio apelativo na intenção de só fazer com que um bando de bebados assistindo num rancho se choquem mais. Porém, se formos avaliar dá pra salvar algumas coisas: a trilha-sonora chega a ser dançante, tem um suspense médio, uma fotografia bonitinha e o final é horrivelmente horrível, de propósito. Não horrível de ruim, horrível de 'meu deus que coisa horrível (de ter acontecido)' mesmo.

Me ofendi? Não. É doentio? Sim. Mereceu ser censurado? Não. Valeu a pena? Sim. Quero ver de novo? Não. Engraçado imaginar como esse filme foi recebido na própria Sérvia. Além do título, o filme acaba com a deliciosamente cruel mensagem "esse filme é dedicado as famílias da Sérvia." E não, não houveram protestos enormes nos trending topics do twitter de lá tentando boicotar o filme - isso é coisa de brasileiro desocupado - o próprio país foi o único que exibiu ele sem cortes no cinema. (!) .Por essas e outras coisas A Serbian Film até que é um trash divertido pra quem não leva as coisas tão a sério e gosta de sensações que vão além de felicidade/tristeza/etc quando um filme acaba.  Mas que é horrível, isso é.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Harry Potter e As Reliquias da Morte - Parte 2

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Harry Potter and the Deathly Hallows: Part II
Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Ralph Fiennes, Michael Gambon, Alan Rickman, Evanna Lynch, Domhnall Gleeson, Clémence Poésy, Warwick Davis, John Hurt, Helena Bonham Carter, Graham Duff, Anthony Allgood, Rusty Goffe, Jon Key, Kelly Macdonald, Jason Isaacs, Helen McCrory, Tom Felton, Ciarán Hinds, Matthew Lewis, Devon Murray, Jessie Cave, Afshan Azad, Freddie Stroma.
Direção: David Yates Gênero: Aventura Duração: 130 min.
Sinopse: Na segunda parte do final épico da série, a batalha entre o bem e o mal no mundo da magia se torna uma guerra entre centenas de bruxos. Os riscos nunca estiveram tão altos e nenhum lugar é seguro o suficiente. Assim, Harry Potter precisa se apresentar para fazer o seu último sacrifício, enquanto o confronto final com Lorde Voldemort se aproxima. Tudo acaba aqui.
Não sei como funciona ver Harry Potter para alguém que nunca leu os livros. Posso parecer um idoso falando isso, mas leio eles desde antes de começarem a filmar os filmes. Lembro de ser um pirralho entrando na internet discada do trabalho da minha mãe para ver a foto anunciando quem seria os três protagonistas. E como eu achei a Emma Watson perfeita como Hermione.

A oitava parte da saga é apenas o filme que mais faturou no fim de semana de estreia na história do cinema. Mais do que todos os outros filmes de Harry Potter, mais do que qualquer outro filme da história. Sendo assim, é meio óbvio que existem pessoas que nunca leram os livros e foram assistir e, pior, pessoas que nunca sequer viram os outros filmes. E é nelas que eu penso. Como devem ter saído do cinema sem ter entedido porra nenhuma. O filme já começa de onde parou o anterior e não tem tempo (ou sequer tenta) dar nenhuma introdução explicativa; parte do princípio de que quem está ali assistindo já sabe o que aconteceu antes. Mas não é desse tipo de entendimento que eu falo - tirando toda mitologia ainda dá pra aproveitar como um bom filme de ação, daqueles que não precisam de história - falo da sensação que só quem cresceu e esperou durante todos esses anos conseguiu aproveitar.

O filme estrearia na sexta-feira e uma semana antes eu tava conversando e rindo de uns amigos do fã-clube que todo ano dormiam no estacionamento pra conseguir comprar o ingresso - eu sempre chegava lá cedinho quando amanhecia a tempo de conseguir as ultimas sessões do dia. Era segunda-feira e eu sequer tinha visto nenhum trailer, quando recebi uma ligação do Romulo dizendo que tinha saido no facebook um anuncio dos cinemas: pela primeira vez na cidade haveriam as sessões de pre-estreia as 00:01 de quinta para sexta. Durante uma hora exata eu ri, me desesperei, fingi que não estava nem aí, tentei ligar para pessoas avisando, tomei banho e fui parar no shopping sem ter certeza de nada. Cheguei lá e não só era verdade como já existiam outras 46 pessoas numa fila. Sim, eu vou dormir aqui - disse pra umas cinco pessoas surpresas, minha mãe inclusa. E lá estava eu segunda-feira dormindo (dormir é um eufemismo bem forte pra virar a noite) no shopping pra comprar um ingresso de um filme que só veria sexta-feira.

Na terça-feira de tarde, quando todos já estavam com os ingressos em mãos, houve uma certa combinação de que ninguém precisaria chegar cedo no dia do filme. Haha. Eram 11 da manhã de quinta-feira quando uma amiga twittou que estava indo pro cinema garantir lugares na sessão, as pessoas já estavam lá desde 3 da manhã do dia anterior. Eu sequer tinha dormido ainda e já estava embaixo do chuveiro correndo pra ficar mais doze horas na fila até a hora do filme. Engraçado como as pessoas associam a ideia de fila a coisas torturantes mas na prática todos estavam ali por vontade própria e realmente gostando.




Eu vou ter um troço antes mesmo dos trailers começarem. Não tô preparado pra ver esse filme não. Fica na minha frente que já tem outro canal filmando. Mas que marmota de cosplay é esse? Se barrarem minha carteira de estudante quem tá atrás de mim só entra se me pisotear. Me enche de tapas agora pra evitar que eu durma. O bom dos óculos 3D é que disfarçam se você tiver chorando. O tempo ia passando e eu não calava mais minha boca. Entrei na sala correndo. As luzes mal se apagaram e eu já sentia que ia acordar rouco.

E então teve o filme e vou me limitar a dois comentários (poderiam ser milhares): 1- Helena Bonham Carter já pode ser indicada ao Oscar pela cena inicial onde ela interpreta a Hermione transformada em Bellatrix com todos os trejeitos da Emma Watson?  2- Os críticos andam dizendo que o 3D é dispensável e não acrescenta muita coisa na história. Discordo e acho que qualquer pessoa que tenha levantado os braços tentando pegar pedaços das cinzas do Voldemort também discorda.

E agora vou voltar pro assunto do começo do post. As pessoas foram meio que preparadas para chorar. Todo mundo já sabia que a história era triste - genta morre e tal. Viram o filme, se emocionaram, aplaudiram e sairam da sala para suas casas. Comigo foi meio diferente. A merda começou no epílogo, acho que não tinha como evitar de que a ficha não caísse ali. "Porra, acabou" - fiquei com essa frase na mente. As luzes se acenderam e as pessoas felizes falavam uma com as outras com cara de missão cumprida. Eu só queria sair dali correndo. 

Chamei uma amiga minha pra ir no banheiro e a cada passo que dava falava pra ela ir mais rápido. "Antes que eu comece a chorar" repetia brincando. Não era brincadeira, comecei a ter que levantar a cabeça pra evitar que as lágrimas caissem. Cheguei no banheiro, sentei numa cadeira e em cinco minutos eu já tava soluçando feito um orfão da segunda temporada de Chiquititas. Não foi um choro de tristeza pelo filme. Foi um choro de desespero depois de lembrar de todos os anos da minha vida desde a Pedra Filosofal. Harry Potter começou exatamente no fim da minha infancia e acabou exatamente no final da minha adolescência e saber que a partir daquele dia não ia ter mais nada foi uma das sensações mais loucas que já tive. It all ends. Minha amiga que me acompanhou ficou sentada do meu lado e quando eu parava de chorar ouvia os suspiros dela chorando e voltava a chorar também. Então era a vez dela tentar parar de chorar e continuar assim que me via todo inchado. Looping eterno. Foi um processo de luto instantaneo de tudo que Harry Potter significou e intercalou na maior parte da minha vida. 

Existem os que digam que é exagero achar que acabou para sempre e nada disso vai sumir dentro de mim. Balela. Vai tentar explicar isso pra um marmanjo que voltou do banheiro e teve que passar a noite inteira respondendo "o que tinham feito" pra que ele estivesse com aquela cara. Me acompanhou durante todo o meu crescimento, me apresentou a um monte de gente que mudou a minha vida e me fez sentir as melhores sensações que já passei enquanto via um filme no cinema. Foi isso que Harry Potter me fez.

domingo, 19 de junho de 2011

The Roommate

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Típico suspense americano de universidade, o maior atrativo para grande parte das pessoas que resolvem ver esse filme talvez seja o elenco: Leighton Meester, Minka Kelly, Matt Lanter (como faz filme trash esse ser, morro de inveja), Cam Gigandet, Alyson Michalka e Nina Dobrev (respectivamente Blair de Gossip Girl, Avulsa de Friday Night Lights, Liam de 90210, Loiro crente e amiga peituda de 'Easy A - A Mentira' - com passagens por Twilight e Hellcats - e a protagonista sonsa de The Vampire Diaries). 

Se você tem coisa melhor pra fazer além de ficar vendo seriados teens duvidosos, obviamente esse fator elenco vai por água abaixo.

Tem também Billy Zane, eterno vilão de Titanic mostrando como envelheceu mal e não conseguiu mais papeis relevantes no cinema.

Sobra então a história, bem simples e confortável: menina se muda de cidade para começar uma nova vida na universidade, onde conhece sua colega de quarto que com o tempo se revela uma psicopata louca provavelmente do signo de touro (taurinos sempre são psicopatas). Lembrando que isso não é spoiler. Trailer, poster, sinopse, tudo já deixa bem claro que essa é a história do filme e ponto final.




O mais bizarro talvez seja pelo fato de Sara, a protagonista, ser mais parecida com a Blair do que a própria Leighton Meester - que tá loira e feia, não parecendo com ela como Blair. (Deu pra entender?) Acho que escolheram as atrizes idênticas de propósito, porque não é possivel né

PAREÇO A LEIGHTON MAS SOU A BOAZINHA GENTE ME SALVA

O par romântico loiro da protagonista tem uns tiques bem irritantes (o que eu nunca tinha reparado nesse ator, então acho que é coisa do personagem) sendo um alpha-male inútil facilmente eclipsado pelo carisma e brilhante atuação do gato de rua. A cena do piercing é uma delícia trash na medida certa. No final das contas não fica muito bem explicado se a Leighton (que arrasa, montei fã-clube) era lésbica, psicopata, invejosa ou todas as alternativas juntas.

O filme funciona? Sim. Vai mudar sua vida? Não. Colega de Quarto (kkk ainda não lançaram o filme no Brasil, sei lá o nome em português) é o filme ideal para a Globo passar sábado no Supercine e você assistir após ter sobrado em casa no fim de semana: você vai achar ótimo, mas se pudesse escolher preferiria ter ido para uma festa.

Talvez essa despretensão seja o responsável pela grata surpresa causada pelo filme nas bilheterias americanas: sem muitos concorrentes num feriadão, The Roommate estreiou em primeiro lugar nos cinemas do país, sem que ninguém esperasse por isso.

 TAMO RICA!!1

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Lambada! A Dança Proibida

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Lambada! A Dança Proibida (The Forbidden Dance)
Nacionalidade: Americana
Ano de Produção: 1990
Direção: Greydon Clark
Elenco: Laura Harring, Jeff James, Barbra Brighton,
Miranda Garrison, Sid Haig, Angela Moya
Princesa de tribo amazônica quer salvar a floresta tropical da ação predatória das multinacionais. Para chamar a atenção das autoridades do primeiro mundo, usa a lambada como uma arma, ensinando a sensual dança aos americanos.
OU SEJA
Esse filme não é simplesmente uma coisa tosca. É minha infância. Eu cresci vendo e decorando no Cinema em Casa, do SBT, na época em que passavam qualquer coisa de tarde sem censura (até que aquele pirralho matou o irmão depois de ver Brinquedo Assassino e colocou a culpa no Chucky e começou aquela frescura de classificação indicativa, joguem o caso no Google). Hoje em dia passa nas madrugadas da Globo e dá pra me encontrar por aí na internet  discutindo o que é mais bizarro nessa delícia:

Lambada não é só um filme.. É uma metáfora do despertar da sexualidade humana, é uma critica à desigualdade social dos indigenas nos EUA, é um alerta sobre o buraco da camada de ozonio, é uma aula de como um homem NÃO deve pintar o cabelo, é uma viagem ao ritmo frenético da dança, uma denuncia ao submundo da prositiuição, uma flerte com a tecnica de teletransporte, um exemplo de medicina alternativa biológica, uma alfinetada no tratamento com os imigrantes ilegais, um manual de charme e elegância... Resumindo, lambada é uma experiencia para toda a vida!
 
Isso praticamente resume o filme todo, não me restando dizer muita coisa. Mas eu quero. Hoje, 01 de Setembro de 2007, as 4:20h da manhã, o Corujão me fará ver de novo. Dessa vez anotarei as melhores frases do filme, fazendo um tributo ao melhor do cinema mundial.

UPDATE:
Os Diálogos Mais Edificantes da 7ª Arte nos Ultimos Anos



- Não gosta dessa música?
- Nunca ouvi.
- Toca em todos os lugares!
- Não onde eu moro.
- Onde fica, em Marte?
- No Brasil.

(Lisa chega no bordel)
- Você não é de Los Angeles, é?
- Sou do Brasil.
- Aaah, pelo menos você dança. Todos os brasileiros sabem dançar!

LAMBADA - Venha Dançar com a Rainha da Selva
(Anúncio gigante e mega-produzido, com direito a foto da protagonista tirada em estúdio. Um out-door pra garota de programa já seria bizarro, mas a questão é que ele foi colocado na rua MINUTOS depois dela ter chegado no bordel)

Sogra de Lisa:
- Eles encontraram sua garota chiquita-bacana dançando numa espelunca de 5ª categoria!

(Lisa e o galã passam 5 minutos falando sobre árvores, aquecimento global e seus planos para os pais dele)
- Jason, minha empregada quer destruir uma das maiores companias multinacionais do mundo!

(E agora uma das melhores cenas já feitas nesse planeta. Lisa é presa e obrigada a dançar pro vilão do filme. Obviamente ela dança de qualquer jeito e sem animação, até ser provocada...)
- Hahaha, é isso que você chama de ritmo? Então você nunca esteve na Broadway!
- Você quer lambada? VOU TE MOSTRAR LAMBADA!
(Solta os cabelos, bate o mesmo com ferocidade. Entra a introdução de Chorando se Foi. Lisa se joga na dança e arrasa orgulhando sua nação. Lágrimas escorrem por minha face.)

E não esqueçam:
PLUS: It's Lambada toca INTEIRA duas vezes durante o filme. Já Chorando Se Foi se repete quatro vezes, em inglês e português. Sim, contei.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Enjaulados

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Enjaulados (Detention / Learning Curve) é um filme que propõe uma reflexão sobre o ensino, a adolescência, o respeito e a disciplina. Falando assim até parece algo acadêmico/boring mas não se deixem enganar pela pedância atribuída, o filme é na verdade um trash DAQUELES. 

Tudo começou com uma visita ao Makro Atacadão, onde me dirigi a prateleira de DVDs por R$ 4,99 na esperança de achar algo ruim suficiente para entrar na lista de grandes filmes que possuo. Mal sabia eu o quanto minhas expectativas negativas (no bom sentido, se isso for possivel) seriam superadas.  

A história é sobre um professor substituto que vai dar aula em um colégio onde ninguém quer nada com a vida e ficam xingando os professores, que não podem fazer nada. Clichê? Calma. Olha o trailer do filme:




Tudo munda num dia em que o professor dá uma carta para os alunos dizendo que eles vão trabalhar na Nasa e em outros lugares, ficando ricos. Os jumentos não só acreditam como morrem de felicidade (dando aqui a primeira dica de que estamos diante das melhores piores interpretações do cinema mundial), correndo pra dentro de um ônibus que os levaria para sua nova vida. Durante a viagem eles tomam o café da manhã e acabam adormecendo.

Quando acordam, estão todos numa jaula, COMPLETAMENTE pelados (o filme não fez questão nenhuma de esconder partes íntimas, o que faz com que você tenha conhecimento sobre quem do elenco é bem dotado e coisas do gênero), no meio de uma floresta. Eles tentam sair mas grades dão choque. Tudo piora com o fato de que toca, na maior altura e em looping eterno,  o clássico "Hey Mickey" que, como já disse, recomeça a cada vez que acaba... POR UMA SEMANA. Sério, essa porra vai ficar na sua cabeça, veja preparado. Eis que o professor chega dizendo que eles apenas vão ter que conseguir a proeza de ficar inteligentes para sair dali, dando apostilas pros alunos. Estou resumindo tudo, é ainda mais sem-noção com altos discursos revolucionários e coisas do gênero. Continuando, durante a prova oral, quem erra alguma questão é eletrocutado hahaha, e o professor também mata um aluno com a maior tranquilidade, bem básico.

O filme passa e, numa espécie de síndrome de Estocolmo, os alunos ao inves de tentarem fugir resolvem ficar lendo livros na jaula numa boa. Frases de efeito maravilhosas não faltam: quando chega a professora de arte que estava procurando pelo professor desaparecido e vê a cena pitoresca ela logo diz "isso deve ser ilegal, mesmo com alunos!". Lógico que essa revolta dura pouco e ao inves de chamar a polícia ela pergunta se alguem tava dando aula de arte pra eles, se oferendo pra ajudar também kkk.

No final há uma explosão, os professores morrem, falta luz e os alunos conseguem sair sem levar choque. Então eles ficam famosos no país todo, assinando contratos pra filmes, dando entrevistas e tudo mais. Como se não bastasse, ainda há tempo para uma reviravolta no final que não contarei pois quero que vocês sofram também tendo que assistir essa singela película cheia de atuações magníficas e roteiro, edição, trilha, TUDO, capazes de mudar vidas. NOT?

A Noviça Rebelde

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A professora mexicana Martha Rivera Alanis foi condecorada nesta segunda-feira por ter conseguido acalmar as crianças de uma pré-escola em Monterrey durante um tiroteio ocorrido em local próximo. Martha gravou a cena em seu celular na última sexta-feira e o vídeo ganhou repercussão no YouTube (veja reportagem em vídeo). Na gravação, Martha é vista pedindo às crianças - de em média quatro anos de idade - que se mantenham abaixadas e com a cara no chão enquanto, ao fundo, se ouvem tiros.

Para acalmar os alunos, ela pede que eles cantem canções.

Para o governo de Nuevo Leon, onde fica Monterrey, no norte do país, a ação de Martha é 'um exemplo para todos'. Ela recebeu uma homenagem do governador do Estado, Rodrigo Medina.
Em seguida, disse ter sentido medo durante o episódio, 'mas me ajudou estar com meus alunos'. Ela também declarou, via Twitter, que o vídeo foi postado na internet por 'terceiras pessoas' e que não pretendia ganhar notoriedade.
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